terça-feira, 14 de julho de 2015

Da Soror Mystica, de Dora Ferreira da Silva

Donzela sem espelho atenta ao seu tear,bordando pelo avesso dragão de irado olhar. A pétala e o donzel de leve suspirar,falcão preso á corrente , pavão a cintilar. Bordando pelo avesso o escuro parecer . o mal torna-se bem , a terra em florescer. A cor e seu contorno se encontram de repente e o olhar que nada vê só vê o que presente. Se fosse o mundo só a fria geometria, tão certa não seria a exata fantasia.Não fosse o desamor a mágoa que persiste, do amor não nasceria a bela face triste.Donzela que tão só teces o adivinhar, recria pelo avesso o pranto e o esperar.Partiu o cavaleiro em guerras a guerrear,tua mão traçando a prata recrie o seu voltar.

Nenhum comentário:

Postar um comentário